domingo, 1 de novembro de 2015

Um café,
Um trago,
Um afago,
E um amigo no domingo,
te faz sorrir.
Passou tanto tempo...

Você pensou que eu ti esqueci.
Mais não, só estava tentando voar.
Sou um pássaro de gaiola, domesticada, vôo baixo.
Achei que ia conseguir me livrar de você.
Não me livrei, mas a distância existente hoje
Já possibilita um viver mais agradável.

Rio de janeiro, 30 de outubro tarde de feriado clima  ameno, céu meio azul acinzentado, vento leve refrescante, sinais de paz e tranquilidade – estado do ambiente.

O panorama do eu já bem diferente do externo, sentindo um vazio intenso misturado a pura solidão. Visita da angústia em conjunto com o sentimento de inferioridade, e as mensagens pra que tudo isso? Rondam....

E assim se faz a luta diária, da qual já está acostumada a viver. Que pena, ela aprendeu a ficar consigo, sozinha...ela vê os outros e talvez saiba que isso não faça parte da sua realidade. Todos têm sua vida acompanhada. Ela tem sua vida com ela e seu mundo da fantasia que sustenta e dá colorido ao cinza, branco e preto.

Pois é...voltei! Talvez alguns tenham pensado que ficou tudo tão bom! De fato as coisas melhoram, mas ser feliz pra sempre já é outra história que eu espero um dia poder contar.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O ano novo.

O ano chegou tranquilo nublado......gotas de serenidade caiam do céu e asim começou o dia, o ano.

Um pitada de angústia, noção da responsabilidade espalhada no meu corpo, se adentrando pelas veias...só depende de você suas conquistas, comportamento!

Persistência, coragem e paciência serão peças chaves para a experiência desses 365 dias...

Três verbos marcam 2013: Amar, Estudar e Trabalhar!

O lema: aponta pra fé e rema.





terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tem dias que parecem insuportáveis...
ai que tristeza, apatia....
Mesmo assim me sinto uma ostra,
 no processo de construção da pérola....é lento
O mergulho é fundo.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Ultima romântica


Qual a ideia que fazemos disso?
Companhia, abraço, afeto,
café bem quentinho na cama.
Risos muitos!
Lágrimas, algumas.
Saudade!
Flores no final do dia roubadas da rua.
Romance é aventura. Se redescobrir no outro é fantástico.
Borboletas na barriga...
Beijo doce...
Dividir, multiplicar, somar e até diminuir, se for preciso.
Faz parte em alguns momentos.
Amor meu grande amor, me espere....
Ou então encontre-me logo.
Os desencontros já estão ficando tristes,
apesar de não ter hora marcada e nem dia certo.
Mas estou te esperando para dar a volta ao mundo e termos três filhos.

domingo, 11 de novembro de 2012

Por que ainda depois de tanto tempo eu lembro de você?
Afeto e saudade,
Queria ver seu sorriso,
Agora, esse amor está livre no peito e na alma,
Só me lembro das melhores aventuras,
eu sinto que o adeus foi para sempre,
Então, boa sorte!
Ainda quase querer te amo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012




Meus textos não tem título, porque falo do que não se dá nome e assim eu começo com forte dor no peito que me impulsiona para o teclado, e a ideia fixa na cabeça escreva sobre o lixo.


Aquele que mexe com você e lhe torna humano. Que ti apodrece a cada dia que você abre olhos e percebe que ele anda com você e faz parte de você. Que desencoraja frente à vida. Ti freia. Ele faz parte de você. Tá misturado. É complicado falar disso. Parece que mil palavras, não. E também, para que explicar quem é que lê isso mesmo?…além de mim..Mas foda-se!


Isso não é um desabafo, é só uma pessoa tentando, falando dos mil e um pensamentos frenéticos que vem a cabeça e tornam o real em irreal a partir de sua louca fantasia da vida. Que aprendeu a fantasiar para viver. Afinal chegou um ponto que passou a ser insuportável. A cada dia, a cada manhã, seus olhos se abriam, e tudo estava muito distante. Dentro dela tem uma criança chorando. Que precisa crescer que já saber caminhar com as próprias pernas, mas parece que durante o andar se cortou bastante, e decidiu sentar-se no lugar de merda. É podre falar assim. Mas é a verdade.


Até quando isso tudo?


Parece inesgotável, aquele velho buraco sem fim, que ela tem. Sempre que pode se joga, mas pelo menos ela percebe que se joga, agora. E fica escondida por um tempo. Tentando amadurecer, petrificar, fingir que não dói. Pra quê?Pra viver. Isso é duro.


Só colocar o que está dentro da gente em algumas palavras dá sentido ao corpo e existência. Entende-se tão pouco da vida, vejo sua imensidão, me assusta. O medo. Esse eu conheço bem, quase somos amigos.


Está tudo tão sem nexo, quando eu ler sei que será poesia mesmo que seja um lixo, não me importa mais. Não aguento mais essa solidão, não aguento mais noites mal dormidas, abraços vazios e beijos frios.


Pena não alimenta e nem esquenta. Só ilude uma alma fria, que tem tanto medo de amar, parece que ela não sabe o que é isso, ou não entende. O amor incondicional machuca, fere e causa dependência. Mas parece que é dessa fonte que sai minha sede. Cadê meu ópio? Nada mais. Surge assim o trabalho, há tempo comentam que ele enobrece o homem, e nessa ideia ela ficou, mas tudo é tão superficial ainda. Tudo está no nível da pele. Que se fere, mas se joga, não aguenta, mas vai, porque tem esperança.


E falaram: faz tempo que você não escreve. Algo estava segurando meus dedos. Incrível a confusão que faço nos meus escritos entre o eu e ela que estão intrinsecamente ligados.


A vontade que tenho é de não parar mais de escrever, mas não consigo ler o inicio, esse movimento se repete na vida com muita gente.Doloroso.


Será que deu para entender de qual lixo falei? E o medo que eu tenho que ele se vá. A tristeza da possessividade doentia.


Então, é isso. Acabou o que resta é o fim que nos une.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No corredor da vida, eu levanto os braços e deixo o vento passar e sinto a energia me tomando...e aí eu me jogo na vida...as vezes de um jeito torto  no corredor da vida....

quinta-feira, 10 de maio de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

Como as coisas se tornam nítidas, quando se afasta os brilhos, os paetês, as purpurinas, as falsas palavras entre outras coisas. E você então percebe que só pode contar com você mesmo. Dói.
...
...
...
Oi, pode chegar amiga solidão, eu sei que você tá aí batendo na porta.
Te permite sonhar com teus desejos, e depois me conta o preço da ilusão de merda e qual foi o troco que tu recebeu?
Idiota.

Bolotas de água pulam dos olhos incontrolavelmente.
....

quarta-feira, 21 de março de 2012

Não quero que minha vida mude.
Eu quero mudar minha vida.
Boca,
Garganta,
Entalada e entupida.
Ouvidos?
Arghhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh?
O grito.
Eco.
O mesmo barulho retorna.
Solidão?
Vazio.
Preenche.
Loucura.
Oi?
É você mesmo.
Sou eu, sua velha amiga.
Olá, que bom que você chegou.
Por quê?
Precisa me libertar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


 MEU DEUS, ME DÊ CORAGEM... - Clarice Lispector

"Meu Deus, me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios da tua presença
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude

Faça com que eu seja a tua amante humilde
entrelaçada a ti em êxtase
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala
Faça com que eu tenha a coragem de te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo
Faça com que a solidão não me destrua
Faça com que minha solidão
me sirva de companhia

Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir como se estivesse
plena de tudo
Receba em teus braços o meu pecado de pensar"

sábado, 5 de novembro de 2011

Depois de um sonho...


Um corte brusco, uma rachadura, na vida de duas pessoas que se juntam, mas não rejuntam. Buracos ou pelotas de massa a olho nu. Mãos frias tentam tapar os olhos do outro, congelando sua alma. Não imaginava que poderia ser sim, sonhava com mãos quentes lhe abraçando...mas...ao redor  lençóis de gelo vem lhe cobrir, querendo transparecer o calor do amor. Amores.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Conversa poética.


Dois amigos perdidos numa madrugada, vagando pelo mundo cibernético, e até que meio de repente.....entre um café e outro..... O encontro:
Ela diz: Oi, querido! Como você está?
Ele: Eu estou bem e você?
Ela: Estou triste minha avó anda muito doente.
Ele: Poxa que barra.
Ela: É..... é sim.
#E aí o silêncio de alguns segundos com ansiedade...a vontade que ele diga algo que aqueça mais seu coração. Até estavam aparentando saudade um do outro algo muito simples, eles são discretos para grandes demonstrações de afeto#
Ele: Eu bem estava sentindo falta de conversar contigo
Ela: É,então vamos conversar, tava querendo isso.
Ele: Eu estou com frio e com preguiça, por isso estou de short e batendo queixo.
Ela: Queria sentir frio, sinto abafado e mofo. Estou de vestido, torcendo que o sudoeste passe, refresque e leve as fragrâncias negativas embora trazendo um pouco de amor.
Ele: Mais esse amor seria quente e quente já está. O melhor é que o vento persista
mas que sopre forte e levante as saias.
Ela: O externo é quente, mas o interno é frio, por isso o vento precisa trazer o amor para esquentar, talvez um xícara de afeto. Quando dentro aquece, as saias se levantam, afinal de contas o ar quente é leve.
Ele: Caiu aqui.
Ela: O poeta perdeu as palavras? Assim, pensei que as tinham perdido.Viu minha última mensagem?
Ele: É o frio que gruda os meus dedos em mim, até a brisa que sopro é gelada hoje, estou ficando cinza.
Ela: Não fique assim.
Ele:Eu preciso de um beijo azul.
Ela: Soprarei uns ventos, e abraços cor de uva, apesar do gelo interno ainda tenho beijo vermelho.
Ele: Eu estou com um abraço verde,esperando você chegar,e a pele rosa pra você impor o beijo.
Ela: Por mais que esteja com frio, podendo estar com cores sombrias, mas quando meus olhos ti imaginam, cores cor de pele dão contorno a energia avermelhada e envolvente que sempre estará lá.
.....
Congelou?Não curti seu silêncio.
Ele: Essa era facebookiana, faz a gente curtir e não curtir coisas, eu prefiro degustar.
Ela: Não degustei seu silêncio.
Ele ri
Ela: Esse papel não combina com você.
Ele: É que estou com os dedos doendo e com dificuldade pra pensar vou pegar uma coberta pra melhorar a situação.
Ela : Pegue, meu querido. Porque assim não dá.
Ele: Vortei
Ela: Aê
Ele: Veremos como será agora
Ela: Começe, lhe dou a palavra.
Ele: Ai,e que palavra você me deu?
Ela: A de falar pra mim o que quiser falar. O que vier a cabeça.
Ele: Na minha cabeça surge um impeditivo, esse frio que não é outro, é esse aqui glacial real que me fere a carne e impede transcender eu me quebro na parede gelo minha alma pode até adormecer assim será que eu acordo em mil anos?
Ela: Não sei, seria muito complexo prever. Tua transcendência não depende da temperatura, se tua carne se fere é porque está presa a ela. Abstraia. E venha. Tua alma meu querido não dorme. ela pode até se cansar das besteiras cotidianas que tentam dominá-la. Meus olhos andam um pouco cansados das mesmas cores que ele alcança. O frio lhe toma o corpo, e tu boca que gosto tem?
Ele: Gosto de uísque, peguei uma dose
Ela: E?
Ele: Estou tentando esquentar.
Ela: Esquente e venha com mais criatividade e disposição. Estou lhe esperando, poeta.
Ele: Querida, tá muito frio.
Ela: Ai hoje, você está hein?! Esquece o frio. Tu está cheio de realidade chata com esse frio. A alma que vai adormecer é a minha agora. Beijos.
Ele: Oh, mas eu quase consigo quebrar o gelo do real.
Ela: Hoje não, meu amor.
Ele: É
Ela:O real foi o gelo.
Ele: Hoje está difícil mesmo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

ela.


A vida aberta, e seu ser olhando por algumas frestas o rio correndo, molhando folhas, do outro lado carros, e o movimento do vento na janela que ela olha, faz imaginar momentos e movimentos adversos dos quais ela vive. Uma tarde qualquer no Rio, o Sol forte que dá o brilho e cor radiante pela cidade. Olhares na areia e o pensamento preso no grão de areia parado, que sozinho incomoda e junto conforta o corpo que se deita por cima de ti.Teria ela o papel de simplesmente aguentar suportar o outro em cima de ti, este que tanto se aproveita de tua pele, teu cheiro e adentra por teus interiores e deixa para ti o gosto ruim da noite mal dormida, do abraço mal dado, do sexo mal feito, do beijo não dado, das palavras nāo ditas e muito menos sentidas.E ela pára pensa e vê o sol batendo na pele de várias pessoas ao mesmo tempo aquecendo corpos e relações iniciantes, inacabadas e finalizadas. E o que é comum a nós? Qual a possibilidade do encontro de almas que vagam?Estas hoje engolem diariamente o líquido do efêmero. E com tiros matam sentimentos de alguns que se recusam a viver dessa forma e que ainda são absorvidos pela nostalgia do passado. De se entregar a vida, que significava viver amores, paixões, tudo bem que fosse eterno enquanto durasse, mas que se vivesse. A ditadura do preciso ser livre que faz com que eu não viva o amor, e quem foi que disse que amar é uma prisão?Nos isolamos na nossa liberdade e nos infantilizamos no nosso mísero mundinho quando negamos de viver um amor.E era isso que ela pensava, em seu quarto, olhando a praia, imaginando mundos e sofrendo...Olhava-se no espelho, e qual era a imagem do outro lado? Não sabia..... Como assim? É quase nunca se identificava com o que seu olho via.....Ai, angústia que rasga esse peito e a coloca de joelhos diante de si mesma, como mudar?Só em poucos momentos, quando fechava os olhos aí sim , ela se enxergava. Assim ela podia sentir o que sua alma emanava e aí conseguia entender melhor o mundo a sua volta, pois ela via com os olhos da alma. As vezes parecia que seu destino era sofrer pois ela vivia onde os olhos eram exteriores.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

&*#@%!*%¨$#@&!

Só queria descobrir pra que tanta cena, tanto teatro nessa tua vida? Que eu olho e não vejo graça, nem sal, nem pimenta. Tu come o amargo todo dia, por não aguentar ser quem tu és. E repassa todo esse sabor em doses homeopáticas por onde caminhas. Em cada passo, um espinho gruda no solado. O dia que não puder caminhar mais, talvez tu consiga compreender o percurso que fez, e ver que o fel com algum aromatizantes fortes engana durante muito tempo, se passando pelo mel. Porém, o fel é muito forte e não deixará se apagar. Ele quer seu espaço, e desse jeito ela vai aparecer e quando outro sente o gosto da tua essência, não aguenta nem ver novamente.

um pedaço.

Na cabeça muita dor lateja, realidade se apresenta de forma inóspita a sua sobrevivência. Ao redor, elementos extremamente estranhos a sua essência que estão lhe consumindo. O relógio gira e o tempo parado. E ela pensando, sentada, olhando para vida diante da tela do computador. O pensamento aliou-se ao tempo e parou. E nesse contexto chega as grandes AA's para lhe fazer companhia nesse momento que ela pensava ser de solidão. Ô como era melhor antes.É dificil enxergar alguma coisa em meio a tanto sentimento e a vínculos partidos. O vazio tomando todos os centímentros que sua existência alcança. Após, tempos incalculáveis, ela pensa em se alimentar, dessa forma alguma coisa dentro dela será concreto. Em seu pensamento pode ser que sua alma se preencha de nutrientes. Sua mãos trêmulas lhe suplicam um pouco de calma e ela diz para esta: " Espere, estou entrando em contato comigo e devo sentir isso". A ausência de si. A força do agir,sem querer pensar, fazem com que ela se arrependa diariamente as vezes até mesmo de sua vida. Peso pesado pra um, e peso leve pra outro, pesa nas pálpebras dos olhos a dor de cada de dia, e a dificuldade de nomear o inominável.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O momento liquidificador.

Hoje vai ser diferente o texto, não vai ser poético, aliás não vai tentar ser, né. Porque eu mesmo de poeta nem tenho cara. Hoje vou falar, de agora..dos momentos que de vez em quando a gente vive, de raiva, angústia. A PORRA da ansiedade para que as coisas aconteçam, que o telefone toque e seja o carinho que se está aguardando, ou a proposta esperada. E aí você pensa que vive um vazio, mas está vivendo mesmo o cheio. O cheio de coisas dentro de você que começam a incomodar, e tudo passa a irritar. Limite de frustração: 0..... o telefone no silêncio. Falta do que fazer? Impossível, pilhas de atividades. Cabeça rodando na procura do que não se tem, precisando desabafar não sei o que, mas sabe o destino que quer chegar. As pernas balançam...mas não dançam. Num sei, fico viajando aqui no meu quarto e pensando, será mesmo que estamos na era do vazio? Será? Eu penso que estamos na época dos lotados, super lotados...Penso no vazio como o momento da incógnita, onde tudo está tão confuso que é melhor dizer que está vazia, do que com um balde de lamentações ou entupida de lixo que são emanados pela vida que se escolhe viver. Pois é eu me pergunto. Eu admito, que eu sinto vazio dentro de mim, me sinto só, me sinto incompreendida. Porém me sinto perdida no mundo de milhões de possibilidades, onde não consigo escutar meu próprio desejo porque está massificado em cima de milhões de outros impostos. E eu? Nesse meio, penso o que?, faço o que?, gosto do que e o que é que eu quero? São perguntas que faço sempre, sou crítica mesmo. Doidera. Prazer e dor, unidos num só corpo.

terça-feira, 8 de março de 2011

O veneno crítico escorreu.

É carnaval. É pula-pula. É alegria. A diversão das cores misturadas. Iludidas de serem uma só. De representarem um só povo, que na realidade são vários povos num só espaço por um pouco tempo, que fingem que se agüentam e contam a felicidade daquele momento. E pra que a total embriaguez? Muitos nem mais as cores enxergam. É o tempo da fantasia ir a rua. É o tempo que a peça mais ridícula entra na brincadeira como sendo artigo de luxo. É eu sei que a crítica está pesada, que talvez seja por que não sou fã do carnaval. Admito. Mas tenho pena dos milhões de brasileiros que vivem uma ilusão do ano inteiro que o carnaval é a época onde todos são iguais. Quando muitas vezes o intuito dessa festa é Beber, Cair e Levantar. Realmente eu não consigo captar a tamanha graça disso. Beijar mil? Ser quem você quiser? Só me vem na cabeça uma besta alienação de 10 dias no ano, da qual muitos brasileiros fazem mil e uma peripécias. É, uma luz vem na minha cabeça, que isso faz parte da cultura. Afinal de contas a meu ver, a cultura do povo que vive na ilusão e sobrevive na realidade. Do povo que vive da imagem, da aparência,  muitas vezes parece  só gostar de se mostrar através da cara, do corpo e não do conteúdo. A fantasia imagética ilude muitos habitantes com uma vida melhor, que elas só vêem na televisão, que domina suas subjetividades. Povo que vivencia a dureza de cada dia, aparentando não ter mais vontade de entender o significado da palavra sonhar. Acho que se pudesse e tivesse mais paciência escreveria linhas e linhas críticas, contra essa época do ano. Sei que este texto não agradará, porém vivo no tempo da liberdade de expressão.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mais uma vez reticências...

Quase que menina,

Quase que mulher,

Passando, andando,

Vivendo.

E dentro do peito carrega a mais fina flor e dor.

Que espera o momento para sair.

Flor essa que alimenta sua alma.

Que mostra a beleza de cada dia,

De poder acordar o ver o sorriso doce de uma criança,

De ver a vida mudar,

E essa dor mais que pesar.

Construindo buracos.

Faz o rombo, sem deixar nome, telefone e endereço.

E ela que mergulhe nas profundezas do mar subjetivo

Para descobrir os porquês, caso isso seja possível.

As alternâncias do ser.

É com elas que se vive.

Experimente.

Procura.

Palavras, cadê vocês?

Sumiram?

Não façam isso comigo.

Não me deixem só.

Vocês me ajudam a pensar e a mudar.

È o buraco do redemoinho,

E aquela menina olhando para ele,

Pensando, me jogo ou não?

Será que dá? Será que posso?

E aí o tempo dela paralisa,

Ela se cansa de tantas repetições,

Dúvidas infinitas, e o propósito?

Sofrer?Crescer? Amadurecer?

Palavras venham ao meu encontro.

Não sei onde as escondi,

Espero que não as tenha perdido.

Quero ver vocês tomando formas,

As minhas formas.

E vejo que continuo no círculo do meu umbigo.

O sentido do olho


O olhar

que te cuida,

que te acaricia,

que te entende,

que te faz crescer,

que junto com o seu olhar,

constrói o seu real,

que lhe limita também,

afinal de contas o real é feito disso.

o profundo olhar,

que na maioria das vezes não faço questão de enxergar

mas sei que ele está lá.

me olhando,

me percebendo

você se inscreveu em mim,

com sua humildade e respeito

aliada a uma perspicácia nata,

esperando o exato momento de falar.

o espaço é seu, você construiu.

o bote é meu, mas permito você guiar.

você merece.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

e mais uma vez ...

Ultimamente venho pensando no que anda fazendo a falta de criatividade me visitar, acho péssimo isso. Não ando deixando de sentir, mas ando deixando de escrever, ando deixando algumas coisas para trás, mas não queria parar de escrever, isso movimenta minha vida, e me impulsiona a viver. Sou estranha, eu falo de falta de criatividade, mas minha cabeça borbulha, de pensamentos que não estão sendo expressos. Estão sendo deixados para depois. Não queria que isso virasse um diário, mas percebi que gosto de escrever sobre mim, e que através das minhas palavras o mundo se revela. Falo de mim, falo do outro e do mundo que me cerca e assim vou construindo alguns textos, alguns momentos algumas vidas.

sábado, 27 de novembro de 2010

Uma nota.

Ela parece que está resistindo escrever. Hoje, aliás, desde ontem ela optou por si, para o que ela queria realmente fazer. Bebeu, se reuniu, conversou e fez isso até quase às três da manhã, foi diferente, original. No dia seguinte, ela decidiu que a melhor companhia seria ela mesma durante o dia, e passou a conversar com seus pensamentos, se conhecendo, e percebendo como era boa a sua companhia. Ela tinha muita desconfiança, que adorava ficar em sua companhia, mas o sabor foi diferente. O som foi nas alturas, estremeceu os vidros, e seu corpo agitou, e jorrou sensualidade há tempos escondidas, dançou. A felicidade lhe tomava a cabeça, estava sentindo o gosto da paz de espírito, pelo menos era assim que pensava. Foi um dia diferente, para ela representou um dia repleto de significado e de vida.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pensando no sentido...

As vezes, a vontade de escrever, parece um germe agoniante dentro de você, não dá para fazer nada, enquanto você não escrever. O sono, nesse momento, está avassalador. Mas quem é que pode com o pensamento?
Sobre o sentido da vida, qual seria ele?
Essa questão está sendo extremamente levantada, principalmente por aqueles, que pensam a vida não tendomais sentido. Uma outra pergunta vem a minha cabeça: Que sentido é esse tão idealizado?
Poderíamos levantar a hipotese de ser a capacidade de constituir relações, construir vínculos, sentir prazer, amar,chorar, sorrir, comer, transar, viajar, ou quem sabe simplesmente pensar. Quem lê, deve achar que são coisas bem comuns que qualquer humano poderia fazer e encontrar o seu próprio sentido nelas, mas existem momentos que o mais simples, perde a graça. Alguns valores andam de certa forma subvertidos como por exemplo: Porque o sentido deve ser materializado, numa pessoa ou objeto. Acredito no colorido da vida com o verbo estar, por exemplo:
Estou comigo,
estou contigo,
estou vivendo,
estou amando,
estou sorrindo,
estou chorando,
estou ansiosa,
Entre muitos outros Estou's que fazem parte da vida, a ideia de passagem é essencial, ao contrário de possuir, ter, cristalizar...
Penso que, quando o ser humano não consegue abstrair, simbolizar, fantasiar, manter a fonte do desejo viva; as coisas passam a dominá-lo. Indo de encontro com o concreto. Quero dizer, que o sentido na vida, não será nunca nada palpável e sempre inconstante, precisando ser renovado. A possibilidade de criar novos sentidos é a chave da questão, que dá energia pra gente continuar. Pensar na finitude, não dá barato e não traz nada de positivo, ela existe, talvez você só esteja aqui, devido a existência dela. Não deixar que ela seja o centro de sua vida é essencial, isso pode ser um sentido e tanto não acha? A falta, o limite é bom que eles estejam presentes, serão o material que você vai utilizar para construir e quando bem trabalhados, pensados te levam para muito além do que se pode imaginar. Existe muito mais sentido que qualquer olho humano possa enxergar, este atravessa o corpo e quando permitimos, preenche-nos por inteiro. Pois é, essas são as palavras que me tiraram dos braços de Morfeu, acho que por hoje é só.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

...

Pensamentos sobre a peso das palavras..andam acontecendo.Eles andam tomando minha cabeça, tipo será que eu tenho noção do peso delas, e será que os outros têm? Perguntas inúteis como vou saber o que passa na cabeça das pessoas...impossível...
o que ando sentindo é uma superficialidade no sentimento das palavras... Um " Eu amo você" tão vazio, amor, amizade.... entre outras. Isso vem de um comportamento moderno de se relacionar, os vínculos de hoje são frágeis e só servem, para nos levar em contato com a frustração desnecessária, pensamos que nos libertamos do outro e nos aprisionamos em nossa solidão
.

....

É tem dia que a gente acorda, e dá para optar se vai querer ser feliz naquele dia ou não...a gente até decide...até faz o voto.Mas quando a gente menos espera ela aparece, e pronto. A tristeza lhe deu bom dia, e você pensou em dizer tchau...coitada. Pensa que é fácil...as vezes a tristeza lhe conhece, melhor do que alegria, porque em muitos momentos a alegria é só fachada, de uma profunda tristeza, que já vem de base.Mas andam dizendo que o esforço é o que vale a pena....vamos ver!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

...

tô com vontade de dizer que te amo. tô com vontade de dizer que estou com saudade de você.tô com vontade de sentir sua presença.mas só o que sinto é a sua ausência.a tristeza de não estar com você.E ela vai passando por todo o meu corpo,veias, artérias, até os mínimos cantinhos evidenciam a falta que estou sentindo.mas você está muito longe e meus braços tão pequenos para lhe acenar.outras pessoas,outros sons, outras batidas,outras vibes...lhe encantaram.infelizmente só queria sentir que naqueles poucos momentos a singularidade era real, mas seu vocabulário é plural.meu olhar ao fundo lhe observa com muito carinho porém minha boca não consegue mais dizer uma só palavra.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

...

durante muito tempo, vi que as palavras estavam sempre faltando em minha boca em meu corpo para que pudesse falar, expressar sobre qualquer coisa, sobre qualquer dor. elas realmente não estavam lá, não houve espaço para elas, por uma dificuldade de lidar com elas, uma impossibilidade de assumir a responsabilidade que com elas estavam implicadas.fingi que não vi, que não senti, que não doeu. e aí surgiu a armadura de ferro, o melhor dos sorrisos para fantasiar em cima das feridas que passaram a vida escorrendo e nunca foram tratadas...ou sequer olhadas para serem percebidas como buracos no meu ser que não podem ser tapados, e sim falados, e que fazem parte de mim da minha história, e me proporcionaram ser quem eu sou. se deu certo ou não, não quero mais saber, cansei de respostas, principalmente as fáceis, eu já as conheço. digo e repito, estou indo atrás do que sou, onde não penso e buscando, inventando palavras. criando! a oportunidade está sendo dada, de forma singela mas necessária, cansei de viver nessa prisão do meu eu.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

...

Você se esconde atrás de máscaras, que já perderam as cores. Vejo no seu rosto o medo e a vontade de saborear do mel que termina no mais puro doce. Você ainda é muito jovem, não entende disso. Ainda brinca de amor, de bonecas, de bonecos e carrinhos. E eu construo amor.Hoje não, mas vai ver um dia, e com certeza será tarde, mas servirá de lição pelo menos para uma criança que pensou na brincadeira de amar.

Sem nome

É o dia raiou, e ela muito sonolenta tentou acordar, do sonho confuso que se passava em sua cabeça, talvez fosse à realidade dela. E ela foi tentando abrir o olho, tentando escutar o que pensava, tentando conectar com que ela precisava fazer. Mas ela está vivendo um forte sedentarismo, poucas coisas lhe dão prazer e lhe instigam a sair da inércia que está mergulhada, há tempo. Tem dias que a maquiagem usada disfarça a cara de insatisfação, de tédio que lhe é peculiar. Ela gostaria de desejar mais, mas esta já se cansou, não sabe escutar o seu próprio desejo, por tempos de sua vida simplesmente agia, pensar era desnecessário naqueles momentos, mas hoje vê as conseqüências da falta de pensamento... E parece que ficou lá parada; pensando em tudo que não pensou e deveria ter pensado. Ela vive com um incomodo no peito, que todos dizem a ela que traz mudanças, mas ela já perdeu a esperança... É isso, é o real no fundo dela, não há esperança...não há fé. Já existiu isso mas foi corroendo e hoje tem muito pouco. Ela desconfia disso, mas prefere não encarar, porque não agüenta, porque antes ela sempre representou ao contrário, mas para ela a perda, as quedas, as muitas insatisfações foram deteriorando isso. E hoje pensa somente em se manter pelo menos, ela sabe que o conto de fadas que tudo sempre dá certo é mentira, as adaptações sempre ocorrem isso sim, e as pessoas adoram brincar do jogo do contente, nem sempre o melhor acontece. Mas temos que viver, como dizia Clarice apesar de...temos que viver e morrer.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um.


A raiva surge mais uma vez,

E ela sustenta,

Ela está guardada há muito tempo,

Essa é das antigas.

Mas agora vai ser diferente,

Porque foi através do sofrimento realmente sentido,

Que a ciência e consciência estão chegando.

E aí agora ela pode fazer algo.

Antes ela só sentia.

Hoje ela sente, percebe, dá nome e tenta mudar.

O seu crescimento é quase imperceptível,

Só quem conseguir olhar dentro dela, verá.

A tal da sensibilidade que poucos realmente têm.

Mas isso é muito pessoal.

Talvez seja melhor que não vejam,

Isso é uma vitória dela.

O momento é dela.

E sempre foi, mas agora ela toma posse disso.

O processo é longo.

A caminhada é extensa.

Só que ela não tem pressa, ou pensa pelo menos.

Ela se reconhece, sabe do que é capaz.

E está caminhando.

domingo, 17 de outubro de 2010

Eu.


Se algum dia você ler o que venho escrevendo,

Perceberá que está entre todos.

E ao mesmo tempo não está em nenhum.

Porque ando escrevendo sobre o meu momento,

Que por sorte sua está nele,

Mas não confie sempre.

Não se iluda.

Outros sentem a mesma coisa que você.

Porque quem faz sou eu.

13072007

Eita, que agonia era essa no meu peito?

Será que era vontade de saber de você?

Você me fez tão bem,

Que eu não suportei.

Eu não queria, foi sem querer.

Queria conseguir entender,

E ao mesmo tempo pra que entender?

E aí nesse momento eu vejo como me sentia,

Você estava pesando muito.

Queria conseguir acreditar em você.

Essa fantasia que nós vivemos,

Nunca virá a ser real.

Pois o que disponibilizamos para nós,

É uma presença fulgaz.

A despedida.


Tudo acabou.

Lágrimas ou risos?

Abraços ou tapas?

A indiferença ou carinho?

Tudo se misturou.

É a vontade de estar longe o suficiente,

De sua existência para que ela seja imperceptível.

E esse longe ainda é perto.

Porque infelizmente você ainda tem espaço.

É uma angústia esse desgarrar-se.

É preciso.

Apesar de todo o sentimento.

Cansei-me de você.

Não esqueça nada seu.

Já me basta ficar com as pequenas lembranças inúteis de nós.

sábado, 16 de outubro de 2010

Um aniversário animado.




É realmente, foi muito bom vê-las, e poder relembrar histórias. Conversar, conversar, conversar. E saber que vínculos estabelecidos há quase seis anos atrás, continuam firmes e fortes. E com muita vida a ser vivida. Peço desculpas, mas tenho que dizer que já tinha esquecido como era bom, ficar com vocês. E poder transformar um:Bom dia, tristeza em Boa noite, alegria. Demos gargalhadas fantásticas. Pois é essa noite, isso aconteceu. Vejo o nosso crescimento, de algumas mais aceleradas do que de outras. Mas todas unidas, por uma presença ou ausência, sempre sentida. Quando digo isso, quero dizer que mesmo longe ou perto, estamos sempre de olho umas nas outras, e com o mesmo sentimento, para que possamos sempre nos cuidar.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Um dia.


Um pedaço de manhã,
Uma tarde,
Uma dupla se ajudou.
Na noite,
O carinho girou.
Quatro seres se divertiram.
Estavam experimentando um momento feliz.
O gato no céu sorria para nós.
O riso, o sorriso não conseguia parar.
E assim foi...
E como no conto de fadas
A meia noite tudo terminou.
Todos se recolheram.
E voltaram para a dura realidade
A do viver.
Mas com a certeza,
de estarem mais leves.